Como Dosar Corretamente o Aditivo Redutor de Retração

Dosar corretamente o aditivo redutor de retração é fundamental para prevenir fissuras e garantir a durabilidade do concreto. Antes de tudo, é preciso avaliar o traço base, conciliando a quantidade de cimento, água e agregados.

3/17/20254 min read

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O uso do aditivo redutor de retração é uma estratégia eficaz para minimizar a formação de fissuras em concretos e argamassas. Entretanto, seu sucesso depende de uma dosagem precisa e de uma integração cuidadosa ao traço. Ao evitar excessos ou insuficiências no uso desse aditivo, o profissional da construção civil garante uma mistura homogênea, sem riscos de segregação e exsudação que possam comprometer o desempenho final do concreto.

Por que a dosagem correta é crucial

Dosar um aditivo redutor de retração vai além de simplesmente misturar uma substância a mais no concreto. A ideia é encontrar o ponto exato em que o produto atue para minimizar a retração, sem alterar de forma significativa as demais propriedades da mistura.

  • Excesso de aditivo: pode gerar resultados opostos aos esperados, como aumento de vazios e instabilidade na mistura, e, em casos extremos, pode afetar a resistência ou a trabalhabilidade do concreto.

  • Dosagem insuficiente: não proporcionará a redução de retração desejada, e as fissuras continuam sendo um risco elevado.

Passos para realizar a dosagem de forma eficiente

  1. Análise prévia do traço
    Avalie a composição básica do seu concreto ou argamassa, considerando a proporção entre cimento, agregados e água. Identifique a resistência pretendida, o tipo de cimento utilizado e as condições de lançamento (temperatura, umidade, distâncias de bombeamento etc.). Essas variáveis influenciam diretamente na escolha da dosagem do aditivo.

  2. Consultoria ou testes de laboratório
    Sempre que possível, promova testes de bancada ou de laboratório para determinar a dosagem ideal. Nesse momento, é essencial simular as condições reais da obra, testando diferentes teores do aditivo até chegar no resultado mais equilibrado em termos de retração, trabalhabilidade e resistência.

  3. Observação da compatibilidade com outros aditivos
    Se o concreto exigir, por exemplo, um superplastificante ou um retardador de pega, verifique a compatibilidade dos produtos. Nem todos os aditivos funcionam bem em conjunto, podendo ocorrer perdas de desempenho ou, em casos mais graves, reações que desestabilizam a mistura.

  4. Mistura homogênea
    Para que o aditivo seja bem distribuído, siga rigorosamente a ordem de inserção dos componentes. Na maioria das situações, recomenda-se misturar os agregados com parte da água e do cimento, acrescentar gradativamente o aditivo redutor de retração junto com o restante da água e, só então, realizar a homogeneização final no tempo adequado.

Como evitar segregação e exsudação

  • Controle do teor de água: a água é fundamental para manter a trabalhabilidade, mas em excesso provoca exsudação (excesso de água na superfície) e segregação (os grãos mais pesados se depositam, enquanto os mais leves permanecem na parte superior). Ajuste o fator água/cimento de modo a garantir fluidez adequada sem comprometer a coesão.

  • Distribuição uniforme do aditivo: ao adicionar o aditivo, verifique se o sistema de mistura (betoneira, misturador ou central dosadora) permite que o produto seja incorporado por completo, sem formar “bolsões” ou zonas muito concentradas.

  • Dosagem recomendada pelo fabricante: seguir as orientações de dosagem mínima e máxima normalmente evita problemas. Caso seja necessário ultrapassar esses limites em situações específicas, realize testes prévios com acompanhamento técnico.

Principais cuidados e boas práticas

  1. Temperatura e umidade do ambiente: condições climáticas adversas, como calor excessivo ou tempo muito seco, podem intensificar a retração do concreto. O aditivo ajuda a controlar esse efeito, mas o profissional deve redobrar os cuidados de cura, cobrindo ou umedecendo o concreto nos primeiros dias.

  2. Homogeneização eficiente: durante a mistura, o tempo de mistura deve ser suficiente para evitar que certos pontos do traço fiquem sem o efeito do aditivo. Eventuais falhas na homogeneização podem gerar pontos de fraqueza ou concentração excessiva.

  3. Acompanhamento do abatimento (slump): antes da concretagem, verifique se o abatimento está na faixa desejada. Caso esteja fora, avalie a real necessidade de acrescentar mais água ou aditivo.

  4. Controle de qualidade e registros: anote todos os dados de dosagem, fator água/cimento, tipo de cimento, fornecedores de agregados e condições ambientais. Esse histórico ajuda a corrigir ou otimizar o processo em futuros lançamentos de concreto.

Vantagens de uma dosagem correta

  • Melhor proteção contra fissuras: o objetivo principal é alcançado, resultando em estruturas mais duráveis e confiáveis.

  • Redução de custos de manutenção: ao evitar fissuras, diminuem-se gastos com reparos, injeções de epóxi ou tratamento de juntas.

  • Manutenção da resistência final: quando bem dosado, o aditivo redutor de retração não prejudica a resistência do concreto; pelo contrário, pode até contribuir para uma melhor consolidação da pasta.

  • Obra mais previsível: a equipe de execução tem maior controle sobre as propriedades do concreto, evitando surpresas que causem retrabalhos ou atrasos no cronograma.

Ao dosar corretamente o aditivo redutor de retração e integrá-lo de maneira adequada ao traço, você obtém um concreto mais estável, resistente e com menor risco de fissuras. Assim, a obra se torna mais confiável, com maior longevidade e menor necessidade de intervenções no futuro.

Entre em contato agora mesmo para solicitar um orçamento ou conversar com nossa equipe técnica! Temos especialistas prontos para orientar na escolha do aditivo ideal, ajustando a dosagem de acordo com as necessidades específicas de cada projeto.

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